Que seja doloroso como tens que ser.
Que dure o necessário para ser cicatrizado.
Mas, que seja de uma só vez... Apenas por uma única vez.
Acertei! Porém não fui recompensado.
Ouvir falsas promessas e desacreditei nas verdadeiras.
Tudo se confundi.
Por fim mudei!
Esqueci minhas origens, enterrei meus sonhos e plantei nossos planos.
Planos que talvez fossem apenas meus.
Por fim cego fiquei, e não pude enxergar quando o sol da mudança nascia no horizonte, planando sua luz sobre minha face.
O calor desse "sol", não foi o bastante para derreter o gelo de um coração congelado.
Pergunto-me hoje: Por que mudei tanto? Por quê? Por quê?
São tantos porquês...
Todavia não há resposta.
Ou melhor, sabemos as respostas.
Mudei drasticamente, agir drasticamente, me violei drasticamente e te ferir drasticamente.
Esqueci que era minha criança.
Insegura e desprotegida, que na hora do medo sempre te dizia:
Calma! Estou do seu lado! Tudo vai da certo! Confie em mim.
Te abraçava forte!
Edredom de beijos para te mostrar o quanto te amo.
Te abraço forte para que sintas que contigo estou.
Dorme agora meu Sorriso, em meus braços estás seguro, pois, de todos os seus medos o protegerei.
Mas que seja agora! De uma vez por hora!
Apresentando "sintomas de saudades", dores... vazio... perca de sono.
Enfim, descobrir!
A ausência, como as diversas doenças tem seus sintomas.
Por hora, após a cura ficaremos imunizados!
Onde guardas o meu cheiro... se outro você sente em seu colchão?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Quebrado
A lâmina que corta é a falta,
a ausência carimbada no passaporte.
O gume invisível lacera o momento.
E esses dias que sangram, lentamente,
doem uma dor pungente.
Dói, mais ainda, ter que amar
cravando uma espada no peito.
Porque amar é morrer e dissecar-se.
E, ao mesmo tempo, parir-se,
inevitavelmente, a cada amanhecer.
Prosseguir, dolorosamente amando,
é aceitar uma guerra em paz.
Caminhar por nuvens de estilhaços.
E, completamente cego,
entre os próprios destroços, remendar-se.
Nos armários da memória, procura-se
o som nas lembranças empoeiradas.
O que resta se não há a voz que alimenta?
Resignadamente, sentar-se à mesa da solidão,
e servir-se de um prato de silêncio.
a ausência carimbada no passaporte.
O gume invisível lacera o momento.
E esses dias que sangram, lentamente,
doem uma dor pungente.
Dói, mais ainda, ter que amar
cravando uma espada no peito.
Porque amar é morrer e dissecar-se.
E, ao mesmo tempo, parir-se,
inevitavelmente, a cada amanhecer.
Prosseguir, dolorosamente amando,
é aceitar uma guerra em paz.
Caminhar por nuvens de estilhaços.
E, completamente cego,
entre os próprios destroços, remendar-se.
Nos armários da memória, procura-se
o som nas lembranças empoeiradas.
O que resta se não há a voz que alimenta?
Resignadamente, sentar-se à mesa da solidão,
e servir-se de um prato de silêncio.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Ecos
Há tempos andava deserta.
Quem se aventuraria?
Entrastes por ela sem saber.
Agora que sabes, que farás?
Fugirás como os outros?
Ou ficarás para ouvir
o eco que teus passos
deixaram aqui dentro?
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Feriado no meu coração
Ruas desertas
Vala aberta
Carregam águas das chuvas
Mas não a levam
Íntima solidão.
Longe de casa
Ausência
Falta
Predominam no meu coração.
Novas gotas germinam
Vielas sombrinhas
Ventos tórridos
Amedrontam minha feição.
Telefone não toca
Arrebento a porta
E a noite se vai então
Mais como não liga agora?
Madrugada aflora
Deixas-tes embora
Nesta maldita hora
A vilã solidão.
Pois que seja agora
Nesta penúria glória
Decretado por hora
Feriado em meu coração.
Vala aberta
Carregam águas das chuvas
Mas não a levam
Íntima solidão.
Longe de casa
Ausência
Falta
Predominam no meu coração.
Novas gotas germinam
Vielas sombrinhas
Ventos tórridos
Amedrontam minha feição.
Telefone não toca
Arrebento a porta
E a noite se vai então
Mais como não liga agora?
Madrugada aflora
Deixas-tes embora
Nesta maldita hora
A vilã solidão.
Pois que seja agora
Nesta penúria glória
Decretado por hora
Feriado em meu coração.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Despedida
Antes que eu parta,
me abata,
e rebata
minha cara
escrota
com tua vara
madeira rota
que dança
como uma louca
dura lança
em minha boca.
me abata,
e rebata
minha cara
escrota
com tua vara
madeira rota
que dança
como uma louca
dura lança
em minha boca.
Antes que eu acorde,
me morde,
e fode
minha vida
vagabunda
com tua batida
profunda
que dura
como doença
e desnatura
qualquer crença.
me morde,
e fode
minha vida
vagabunda
com tua batida
profunda
que dura
como doença
e desnatura
qualquer crença.
Antes que eu morra,
me corra,
e percorra
meu corpo
com rapidez
como areia
de modo ágil
pra que me goze
com rapidez
e eu necrose
me corra,
e percorra
meu corpo
com rapidez
como areia
de modo ágil
pra que me goze
com rapidez
e eu necrose
de vez
terça-feira, 7 de junho de 2011
Aluguel
Aluga-se um corpo.
Duas décadas de uso.
Bom estado de conservação.
Requer poucos reparos.
Ideal para enfermidades.
Acompanha perfume, toalha branca ,vinho e desejos.
Prazer garantido.
Sigilo total.
Aluga-se um corpo.
Porém vazio.
Sem rosto.
Sem alma.
E sem coração.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
SONETO DA CONFISSÃO
Se eu guardo algum segredo em discrição,
em versos, tento, aqui, me desvendar.
E rimo linhas de revelação
com a noite escura a me testemunhar.
É fato: tua amizade me pousou como uma paz sublimar,
por mais que eu insista em contigo querer dialogar.
É, similar a um vício, uma compulsão:
Necessidade, amizade,compartilhamento,terapeuta que foi ou sei lá...
Fraquejo e, a ti, eu volto a te explicar.
Como amigo o terei
Mesmo que não queira
Malgrado, no subsolo da minha memória,
Imperador sou eu
E mesmo sem que queiras...Não precisa mais falar
Depois, recebo uma dupla punição:
Enquanto, eu faço par com a solidão,
Nossas diversas e rotineiras conversas se vão
Então, encarno uma ré em confissão
e rogo pela minha absolvição
de tal pecado cego:
O de como um grande amigo
A ti simples porém sincero gostar!
em versos, tento, aqui, me desvendar.
E rimo linhas de revelação
com a noite escura a me testemunhar.
É fato: tua amizade me pousou como uma paz sublimar,
por mais que eu insista em contigo querer dialogar.
É, similar a um vício, uma compulsão:
Necessidade, amizade,compartilhamento,terapeuta que foi ou sei lá...
Fraquejo e, a ti, eu volto a te explicar.
Como amigo o terei
Mesmo que não queira
Malgrado, no subsolo da minha memória,
Imperador sou eu
E mesmo sem que queiras...Não precisa mais falar
Depois, recebo uma dupla punição:
Enquanto, eu faço par com a solidão,
Nossas diversas e rotineiras conversas se vão
Então, encarno uma ré em confissão
e rogo pela minha absolvição
de tal pecado cego:
O de como um grande amigo
A ti simples porém sincero gostar!
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